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Orgulho na Deficiência e Mobilidade

  • luispintolisboa
  • 23 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 24 de jul. de 2024

"Café com tudo incluído", debate sobre o orgulho na deficiência e acessibilidades.


No passado domingo, 21 de Julho, às 17h30, no Auditório da Fnac de Guimarães, decorreu o debate "Café com tudo incluído", com o CVI, Centro Para a Vida Independente, e o Projeto Sara Coutinho.


Assim, com a participação de Sara Coutinho, Marco Ribeiro, Cristiana Marques e das muitas pessoas presentes, este foi um momento que assinalou o mês do orgulho na deficiência, o mês de julho.


Para além do direito à diferença, falou-se de mobilidade a partir da experiência das pessoas com deficiência e do seu acesso ao espaço público e de que forma o espaço público está preparado para quem tem mobilidade reduzida.


Como reflexão, precisamos de cidades mais inclusivas, com mais e melhores acessibilidades, assim como emprego e habitação para pessoas com deficiência.


Por outro lado, é também necessário atualizar a linguagem legislativa, retirando os termos estigmatizados e por isso ofensivos. Por exemplo, devemos dizer "pessoa com deficiência" e não "pessoa deficiente".


Desta forma, as políticas públicas devem priorizar a linguagem como um importante veículo para a igualdade e a não discriminação.


Portanto, "Café com tudo incluído", projetou uma mudança social, começando por alterar a forma como a sociedade trata as pessoas com deficiência nas pequenas coisas do dia a dia. As pessoas sem deficiência não podem usar ou obstruir os lugares de estacionamento e as casas de banho das pessoas com deficiência, assim como os passeios e outras acessibilidades. A titulo local, referiu-se a ausência de casas de banho adaptadas no Centro Histórico, de um piso perigoso e de vidros, verificando-se também uma manifesta falta de acesso ao comércio tradicional.


Destaco este pensamento da Sara Coutinho: "Quando num local há escadas e uma rampa, as pessoas sem deficiência sobem pela rampa e não pelas escadas. Se é assim, porque continuam a construir escadas? As escadas são uma barreira arquitectónica."


Da Cristiana Marques, destaco estas palavras: "As cadeiras são as nossas pernas, as nossas asas. Só precisamos que nos deixem voar."


Realço ainda as palavras do mentor Marco Ribeiro: "Ver tantas pessoas animadas e participativas reafirma a importância de continuarmos a promover a inclusão e a diversidade na nossa comunidade".


Foi um gosto ter contribuído para a construção deste lugar de fala. Mais do que figurantes, as pessoas com deficiência exigem a merecida representatividade e o direito a viver uma vida cívica plena e digna, tal como qualquer outra pessoa.

 
 

"Mudar o mundo, não é loucura, não é utopia, é justiça". 🩵

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