A Essência da Mobilidade Humana: 18 de Dezembro
- luispintolisboa
- 18 de dez.
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O Dia Internacional das Pessoas Migrantes, assinalado anualmente a 18 de dezembro, representa mais do que uma efeméride do calendário das Nações Unidas; é um apelo global à consciencialização sobre as complexas dinâmicas da mobilidade humana. Instituída pela Resolução 55/93 da Assembleia Geral da ONU, esta data foi estrategicamente escolhida para coincidir com o aniversário da adoção da «Convenção Internacional sobre a Proteção dos Direitos de Todos os Trabalhadores Migrantes e os Membros das suas Famílias», reforçando que a migração e os direitos humanos são realidades indissociáveis.
O propósito fundamental desta celebração é sensibilizar tanto governos como a sociedade civil para a dualidade da experiência migratória. Por um lado, celebra-se o multiculturalismo, a tolerância e a entreajuda como motores de enriquecimento das sociedades de acolhimento. Por outro, o dia serve como um sério lembrete de que as rotas migratórias são frequentemente perigosas, forçando indivíduos a arriscarem a própria vida na busca por dignidade e segurança.
Atualmente, estima-se que uma em cada trinta pessoas no mundo seja migrante — uma estatística que humaniza os números e destaca a omnipresença deste fenómeno. Ser migrante abrange um espectro vasto: desde aqueles que se deslocam voluntariamente em busca de novas oportunidades até aos que são forçados a abandonar as suas raízes por conflitos ou catástrofes; desde os que possuem residência formalizada até aos que sobrevivem na invisibilidade da clandestinidade. Independentemente do estatuto jurídico ou da motivação da viagem, a premissa central permanece inalterada: os direitos dos migrantes são direitos humanos e devem ser salvaguardados sem qualquer tipo de discriminação.
Em última análise, este dia convida-nos a reconhecer os migrantes como membros integrais e ativos das sociedades. É uma oportunidade para valorizar as suas contribuições económicas e culturais, que beneficiam tanto os países de origem, através das remessas e do conhecimento, quanto as nações de destino, que ganham em diversidade e vitalidade. Celebrar esta data é, fundamentalmente, celebrar a resiliência do espírito humano.



