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Celebração do 25 de Abril

  • luispintolisboa
  • 23 de abr.
  • 2 min de leitura

A Revolução dos Cravos

O 25 de Abril de 1974 em Guimarães


A Revolução dos Cravos é um momento seminal na identidade e na instauração da liberdade em Portugal.


Com efeito, foi um golpe militar que derrubou a ditadura salazarista que governava Portugal desde 1933. Primeiramente, sob o comando de António de Oliveira Salazar, e, posteriormente, de Marcelo Caetano.


Assim, esta mudança foi operada por oficiais do chamado MFA, Movimento das Forças Armadas que, de forma pacífica instaurou a democracia em Portugal. 


Foram quatro as principais causas que predecederam este acontecimento, a Guerra Colonial, a Repressão Política, o Isolamento Internacional e a Crise Económica.


Efetivamente, a Guerra Colonial durou entre 1961 e só parou mesmo com o 25 de Abril de 1974. Portugal lutava em três frentes para manter as colónias africanas, Angola, Guiné-Bissau e Moçambique, contra movimentos de independência, causando enorme desgaste militar e económico. 


Por outro lado, a luta contra a Repressão Política é também um dos factores impulsionadores da mudança, porque a censura, as prisões arbitrárias e falta de liberdades básicas já não eram toleráveis.


Mais ainda, Portugal vivia um enorme Isolamento internacional, sendo visto como o último país colonialista da Europa. 


Pior ainda, a Crise económica que se vivia, porque o regime não acompanhava o desenvolvimento europeu. 


Assim, na madrugada de 25 de abril de 1974, militares do MFA tomaram pontos estratégicos (emissores de rádio, quartéis, aeroportos). O sinal para o início da revolução foi a música "E Depois do Adeus" de Paulo de Carvalho, tocada na rádio à meia-noite. Às 4h20, a canção "Grândola, Vila Morena" de Zeca Afonso, confirmou o avanço das tropas. Nesse dia, o povo saiu às ruas, e, graças a Celeste dos Caeiro, colocou cravos vermelhos nos canos das armas dos soldados, tornando-se o símbolo da revolução. Por fim, Marcelo Caetano rendeu-se no Quartel do Carmo e foi exilado no Brasil. 


Então, finalmente, chegaram ao fim 48 anos de ditadura, de regime autoritário, regressando a democracia e as eleições livres em 1975. Efetivaram-se também a independência das colônias africanas, assim como a liberdade de expressão e direitos políticos. 


De notar que, a revolução aconteceu quase sem violência, tendo morrido apenas quatro pessoas, vítimas de confrontos com a polícia política (PIDE).  Graças a Celeste Caeeiro, o cravo vermelho tornou-se símbolo da paz e da liberdade, tendo o 25 de Abril passado a ser feriado nacional, celebrado com concertos, manifestações e eventos culturais.


"E depois do adeus" e "Grândola Vila Morena" foram as duas músicas usadas como senha da revolução. Tendo a máxima "O povo é quem mais ordena" ficado como resumo do espírito da revolução. 


E, como é que Guimarães viveu o 25 de Abril? Luís Lisboa convida Professor Capela Miguel e outros convidados especiais para exortar a memória e celebração deste importante acontecimento, motivos de sobra para não perderes este importante momento histórico e cultural.



🗓 25 de abril

🕒 18h00

📍 Auditório da Fnac de Guimarães

Entrada livre

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"Mudar o mundo, não é loucura, não é utopia, é justiça". 🩵

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