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A luz e a palavra

  • luispintolisboa
  • 27 de out.
  • 2 min de leitura

O palco, banhado em azul profundo, é sempre um espaço de destaque, mas também de profunda vulnerabilidade. É ali que a coragem se manifesta no ato de se submeter à luz, expondo-se, sem máscaras, para defender os próprios princípios.


Com efeito, mais do que nunca, é vital compreender a responsabilidade da palavra e a missão que a acompanha. A escuridão que nos cerca não deve intimidar, pelo contrário, deve servir de contraste e símbolo do desafio, da adversidade que alimenta a luta por um ideal, por um sonho.


Dessa forma, a perseverança torna-se visível em cada gesto, em cada ação que não brota da vaidade, mas da necessidade moral de sublinhar a verdade essencial. Assim, é a audácia que faz a voz ecoar num espaço que, de outro modo, seria silêncio.


Devemos ser faróis que, através da oratória, incendeiam a alma e inspiram a ação, num claro grito em defesa da Liberdade, essa condição humana inalienável que exige vigilância constante. É também um clamor pela Igualdade, porque a verdadeira honra não está apenas em proteger os próprios direitos, mas em garantir que todos possam partilhar da mesma luz, independentemente das sombras que os rodeiam. Até porque, a verdadeira grandeza não reside em brilhar para si, mas em ser a chama que inspira outros a não desistirem da luz.


Em suma, no grande palco da vida, não podemos aceitar ser relegados "ad aeternum" à plateia. Devemos, antes, ser aqueles que, com firmeza de caráter e coragem intransigente, transformam o palco num campo de batalha pela dignidade humana. Pois mesmo uma única luz, perdida na imensidão da escuridão, tem o poder de dissipar as trevas e reacender a esperança.


Porque cada voz que se ergue contra a injustiça é uma centelha de revolução, e, juntos, somos o clarão que nenhum poder poderá apagar.


📷 Catarina Esteves Fotografia


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"Mudar o mundo, não é loucura, não é utopia, é justiça". 🩵

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